Ao desenvolver o seu novo portal, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) teve atenção especial com os usuários que possuem algum tipo de deficiência. Quando visitam o Tribunal da Cidadania por meio da rede mundial de computadores, as pessoas com necessidades especiais dispõem de recursos específicos que ajudam a melhorar a navegação na página.
Desde o início do planejamento do novo site, o STJ adotou as recomendações de acessibilidade da World Wide Web Consortium (W3C), entidade internacional que padroniza e homologa sites do mundo inteiro.
As orientações da W3C seguidas pelo tribunal buscam melhorar o acesso de um amplo e variado público de pessoas com deficiência, inclusive visual e auditiva, além de usuários com outras limitações motoras ou cognitivas.
Comandos de voz
As preocupações com a acessibilidade resultaram em uma página adaptada para os leitores de tela — programas voltados principalmente para pessoas com limitações visuais. Os leitores de tela capturam as informações apresentadas em forma de texto e as transformam em comandos de voz.
Programas desse tipo também têm a capacidade de apresentar o conteúdo em formato tátil, como a linguagem em braile, servindo principalmente a usuários deficientes visuais e auditivos. Dentre os principais leitores estão o DosVox e o NVDA, ambos disponíveis gratuitamente para download.
Além de estar adaptada aos softwares de leitura, a página do STJ também adotou o conceito de layout responsivo, outra premissa importante para a acessibilidade dos usuários especiais. Os sites responsivos são flexíveis e mudam a sua aparência de acordo com o tamanho da tela ou com os dispositivos em que são exibidos.
Assim, dependendo da mídia de acesso (PC, tablet ou celular), os elementos da página do tribunal se reorganizam para apresentar ao usuário as principais informações disponíveis no site.
Novas ferramentas
Buscando melhorar ainda mais a experiência das pessoas com deficiência quando utilizam o site, o STJ lançará em breve uma barra de ferramentas de acessibilidade. A barra permitirá ao usuário o controle do tamanho da fonte e dos níveis de contraste apresentados na página.
À parte os esforços do tribunal em tornar sua página mais acessível, a participação das pessoas que acessam o portal é importante para melhorar a qualidade das informações disponibilizadas. “Gostaríamos de receber sugestões dos usuários”, afirmou o coordenador de multimeios do tribunal, Arturo de Souza e Paula, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do portal. Sugestões podem ser encaminhadas por meio da Ouvidoria do STJ.
Inclusão
A melhoria dos serviços prestados pelo STJ a pessoas com deficiência é uma das prioridades de 2016 do Programa Semear Inclusão, que também está atento à disponibilização de informações adaptadas em ambiente virtual.
Presidido pela ministra Nancy Andrighi, o programa tem o objetivo de promover o acesso de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida às dependências do STJ, bem como aos serviços prestados pelo tribunal. “O STJ recebe muitas pessoas com deficiência. A casa tem que estar preparada para qualquer demanda, inclusive por meio da internet”, afirmou o gestor do projeto, Wallace Duarte.
Multimídia
Além do conteúdo em texto divulgado no site e aprimorado para pessoas com deficiência, um variado material em áudio é publicado pela corte na plataforma SoundCloud. Estão disponíveis em formato sonoro decisões da corte, notícias, entrevistas, entre outras publicações.
Conteúdo multimídia também está disponível na página do STJ no YouTube.
RL
Source: STJ