O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, presidiu nesta segunda-feira (25) o Encontro Brasil-China: Meio Ambiente e Justiça, com a participação de diplomatas e membros do Poder Judiciário chinês.
Falcão explicou à comitiva chinesa a composição, atribuições e a importância do STJ, salientando que no ano passado a corte recebeu 400 mil processos. “Esse intercâmbio com a China, tenho certeza de que se manterá nos próximos anos”, disse.
O vice-presidente do Supremo Tribunal Popular da China, Shen Deyong, destacou que os dois países mantêm uma relação diplomática amistosa há 40 anos e que tem se intensificado, segundo ele, nos últimos anos.
Fóruns
O representante chinês salientou que essa “parceria estratégica” entre os dois países tem se refletido em diversos fóruns internacionais, como na Organização das Nações Unidas (ONU), na Organização Mundial da Saúde (OMS), G20 e no Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Para Shen Deyong, Brasil e China têm adotado posições diplomáticas semelhantes nesses diversos fóruns internacionais, principalmente em relação a temas econômicos e de meio ambiente. “Essa nossa visita ao STJ deixará bons frutos para o futuro”, afirmou o vice-presidente do Supremo Tribunal Popular da China.
Shen Deyong disse que o Judiciário chinês deseja trabalhar em conjunto e aprofundar as relações com o STJ e que, em uma economia globalizada, o diálogo internacional deve se aprofundar. “Brasil e China estão distantes geograficamente, mas esse oceano não pode barrar a amizade entre os dois povos”, afirmou.
Parceria
O embaixador da China no Brasil disse que o encontro no STJ contribuirá para o aprofundamento da parceria entre os dois países. Para Li Jinzhang, o desenvolvimento de contribuições na área judiciária será cada vez mais importante para o futuro das relações entre Brasil e China.
“Esse encontro é importante para a construção da amizade entre Brasil e China, um esforço para que essa parceria avance”, afirmou. O embaixador disse que a China está revisando suas leis ambientais e que a legislação brasileira nessa área é “bastante completa”.
“Essa troca de ideias será frutífera para os dois países. Brasil e China mantêm uma parceria de longo prazo”, disse o embaixador, para quem o “diálogo contribui para a aproximação dos povos”.
Ministros do STJ apresentaram aos chineses algumas questões da legislação brasileira sobre direito público, privado, penal e ambiental. Participaram do encontro os ministros Nancy Andrighi, Og Fernandes, Herman Benjamin (coordenador científico do evento), Luis Felipe Salomão e Rogério Schietti.
MA
Source: STJ